Saiba como identificar e como é o tratamento da depressão

A depressão é uma doença considerada grave e com altos índices de diagnóstico na população. Para explicar como identificar e como funciona o tratamento, Paulo Saldanha, médico psiquiatra e vice-presidente da Associação Mato-grossense de Psiquiatria, foi entrevistado no Papo das 7, do Bom Dia MT.

No mês de prevenção ao suicídio, o tema é ainda mais evidenciado por ser, geralmente, a principal causa do ato. Segundo o médico, a doença se manifesta de forma muito variada.

“Dificuldades no trabalho e na família, não estar interagindo, pode ter vários sintomas, como não ficar muito nervoso, ficar muito triste”, disse ao Bom Dia MT, da TV Centro América.

O médico também aponta que a desregulação do sono pode ser uma das característica. “Pouco sono ou muito sono também são sinais do adoecimento”.
 
O psiquiatra destaca que a questão genética pode influenciar para que a pessoa tenha depressão ou ansiedade e o caso pode ser intensificado pelo ambiente onde a pessoa está.
 
Paulo aponta que no período da pandemia houve um aceleramento do processo para pessoas que tenham disposição para fatores depressivos. “20% da população mundial vai ter um episódio depressivo ao longo da vida”, frisa.
 
Tratamento
Saldanha diz que para garantir o sucesso do tratamento, o primeiro passo é que o paciente esteja com profissionais de confiança. “É preciso confiar na assistência em saúde dessa pessoa”.

“E não é só um profissional, às vezes a pessoa acha que é só levar em um psicólogo. A gente precisa que o tratamento seja multidisciplinar e interdisciplinar, para que tenha um diálogo entre os profissionais também”, destaca. 

O psiquiatra argumentou que embora a falta da religião não seja a justificativa da doença, como na famosa e clichê frase “é a falta de Deus”, a religião é vista como positiva para o tratamento, mas que também precisa ser tratada como uma doença.
 
Além disso, o médico explica que o caminho para cura, é a persistência no tratamento. O paciente deve sempre seguir sendo acompanhando e, em casos que os sintomas voltem, o paciente saiba como se manter no tratamento.