Atos de exclusão social são grandes agentes de estresse e ocasionam depressão e ansiedade, afirma

No quadro Direto ao Ponto desta segunda-feira (5), o psiquiatra Rafael Moreno abordou a temática do racismo e a necessidade de desenvolver estratégias eficazes para lidar com essas situações. Moreno destacou que as minorias são as que mais sofrem com atos de exclusão e discriminação em nossa sociedade.
De acordo com o psiquiatra, os impactos psicológicos sofridos pelas vítimas de racismo são significativos, levando a um aumento nos casos de depressão e ansiedade. O ato de exclusão social, por si só, age como um agente estressante, ativando áreas cerebrais associadas à dor física. O cérebro não consegue diferenciar a dor emocional da física, o que reforça a gravidade dessas situações.
Moreno ressaltou que aqueles que praticam atos discriminatórios, em geral, não convivem com pessoas diferentes ou cresceram em ambientes homogêneos. Essa falta de familiaridade e dificuldade em lidar com a diversidade pode levar à naturalização do processo de exclusão.
Diante dessa realidade, o especialista enfatizou a necessidade de criminalizar tais ações, a fim de promover uma mudança de concepção e educar as pessoas sobre a importância da igualdade e do respeito.